ela
não esperou pelo tempo
que
marcado estava
no
relógio de meu quarto
sequer
contou segundos
seguidos
por cantos
em
vento
pois
não gostava de água parada
nem
de passos passados lentos
no
chão
num
céu infinito
ansiava
por voos futuros
sem
aviões e asas a se ver
de
mim levava um pouco do resto
de
nada que na superfície
de
meu presente nadava
e
em poema se tornava para
quem
sabe no fim fingir
esquecer